REFLEXÃO PARA QUANDO CHEGAR O GRANDE AMOR
Quando tiver um grande amor
hei de prendê-lo fortemente dentro de mim com as amarras do afeto. Mas hei de
deixá-lo livre para continuar a se desenvolver e mais ainda me encantar, e,
assim, eu poder admirá-lo e louvá-lo a cada gesto...
E, então, minha afeição por ele será cada vez
mais intensa e nossos laços de ternura se firmarão ainda mais fortemente à
nossa volta.
Haveremos, os dois, de ser um só... Entretanto,
sem deixarmos de ser dois, pois dois é sempre mais que um.
Respiraremos da mesma brisa e nos aquecerá o
mesmo sol. E, à noite, se tiver estrelas, repartiremos com elas os nossos
segredos.
A lua há de sentir inveja quando sua luz prateada
rebrilhar tanta felicidade.
Esse amor há de transformar-me num velho
experiente e sábio, que lhe transmitirá segurança e força; mas, também, fará
renascer em mim a criança ingênua e brincalhona que fará sua alma rir.
Quando tiver um grande amor meu coração se
encherá de júbilo e contentamento tamanhos que, ao transbordar, ondas de prazer
e alegria envolverão o meu amor e o transportarão às alturas onde habitam os
anjos.
Pensarei nele de forma absoluta e profunda, mas
não tanto que não haja espaço em minha mente para apreciar e enaltecer tudo que
me cerca e, ao acrescentar mais conhecimento e beleza à minha vida, ter mais
coisas para repartir com ele.
Pisarei sobre o chão que o meu amor pisou com o
cuidado de quem caminha sobre nuvens.
Olharei para ele, a cada dia, com a atenção e o
deslumbramento da criança que acaba de nascer.
Calado, refletirei a sua felicidade...
E quando disser seu nome, o direi, de uma
maneira tão suave, calma e acariciante, como se tivesse uma rosa entre os
dentes!